terça-feira, 23 de novembro de 2010

Redação "Conviver, tolerar, aceitar..." Elisabete Cuer de Oliveira RGM 256538


Conviver, tolerar, aceitar...

O ser humano é por excelência um ser social. Desde o nascimento, cria-se um vínculo de interdependência, primeiro com a mãe, depois a família, na escola, no trabalho, no casamento e durante toda sua vida.
A convivência pacífica nem sempre é fácil. Há que se praticar o exercício da tolerância, do respeito e da solidariedade.
Conviver significa relacionar-se, tolerar, aceitar o semelhante como ele é, independente das falhas e defeitos inerentes à personalidade de cada indivíduo, entender que cada um é um ser único, múltiplo em diferenças e aspirações.
Um fato mais ou menos recente acontecido na Uniban exemplifica claramente a complexidade das relações entre as pessoas:
A universidade decidiu pela expulsão de uma estudante que foi hostilizada, cercada, ofendida por palavras de baixo calão, pela simples razão de usar um vestido cor-de-rosa considerado muito curto e inadequado para o local e horário.
Esse incidente, largamente veiculado na imprensa, foi motivo de alguns questionamentos visando entender as razões pela qual a universidade tomou tal atitude e, principalmente, compreender o que leva uma turma de jovens universitários a hostilizar, chegando quase às vias de fato, uma colega apenas pelo fato de a mesma vestir-se em desacordo com os padrões por eles estabelecidos.
Como se verificou mais tarde a universidade voltou atrás  na decisão de expulsar a moça de nome Geise Arruda, mas a questão mais importante  é o porque deste incidente ter tomado a proporção que tomou, merecendo atenção da mídia por vários dias.
Talvez, momentaneamente, os alunos daquela instituição de ensino tenham se esquecido do principio básico de respeito e tolerância às diferenças, nesse caso representada por uma mera peça de vestuário. 
Fosse essa diferença mais acentuada como a cor da pele, a orientação sexual, a crença, a idade avançada, a dificuldade de locomoção, teria também acontecido tal alvoroço?
Segundo Kant, “o homem é um ser social e insociável, inclinado a viver em sociedade para sentir-se mais como homem e, antagonicamente, inclinado a exercitar a resistência contra os outros”. Pensando dessa forma, talvez o vestido rosa tenha sido apenas um pretexto.
Olhando a humanidade sob os olhos de Kant, talvez ainda tenhamos um longo caminho a percorrer no sentido de que as diferenças não separem os homens, mas auxiliem na compreensão de que somos todos iguais na essência, diferentes apenas na forma de ver e viver a vida.

Elisabete Cuer de Oliveira
Rgm 256538

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